sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sonhei

Sonhei um sonho sabido que me levou sorrateiro por becos vazios
Alamedas sem cor de minha vida passada mendiga
Sai do breu acompanhado de um pássaro que levou-me voando até o espaço
De lá cantei um mundo inteiro e fiz a terra girar ligeiro
O tempo correu, a morte não veio, cortei pelas estepes e cai em meu reino
Sentado em trono de vento cantei aos quatro lados a música dos tempos
Sorte de mim que não sou mais estrangeiro ou perdido passageiro
Agora minha sina não mais vaga por escassez ou medo
Construo uma nave para viajar pelos momentos, pelas caras, por sujeitos
Dançarei nas sinuosas, nas retas, nos pulos, nos desvios com o peito aberto
Num tubo de luz, com uma vida disposta, com a carne do tato a mostra

Um comentário:

  1. "Agora minha sina não mais vaga por escassez ou medo..."

    Para vencer os limites é preciso sempre embarcar em uma nave dessas.

    Adorei por aqui...voltarei!

    Beijos moço

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