segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Verdade

É como se conta...

Vi o pai correndo entre as mulheres cantando feito um maluco, rindo, amando, tocando as tetas delas
Vi o filho mais velho observando tudo isso e dando muita risada
Vi o pai fazendo uma casa numa montanha e dela se via o sol nascendo, as árvores crescendo
Vi o filho do meio tranqüiilo, porque podia morar nela
Vi o pai festejando, bebendo umas bebidas de música e palhaçadas
Vi o filho mais novo alviado dando uns rodopios festivos
Gritava, pai ! pai! pai ! Que maravilha !

Todos estes homens: o pai, os filhos com seus sonhos foram jogar bola

Ai, vi ! De estrelas, em estrelas, nas constelações os caminhos da pelota em jogo

Chuta! Na mesma pai, na mesma ! Passa, passa !

Vi o pai comendo uma comida quente e deliciosa e com a boca cheia falando belezas
Vi o filho mais velho matando a fome de uma vida inteira
Vi o pai dedilhando as cordas de um violão feito uma ave de rapina, atacando os acordes feito um raio
Vi o filho do meio certo de que sabia de si mais do que ninguém
Vi o pai no chão da sala dormindo feito um anjo, quase que ele tinha pouca idade
Vi o filho mais novo contemplativo, na suavidade do cuidado sereno

Pai ! Só mais essa ! Toma mais esse trago, e respeita o tempo
Não te preocupa, ou sequer tenhas medo
Nós estamos te vendo.

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